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Enquanto não vem o Rei...

Eu sei. Falar de rei no Brasil não parece ter sentido. Aí está uma palavra distante de nós, que nada nos traz à memória, a não ser um rei específico. Aquele, você sabe. Sabe sim. Pense um pouco. Se falamos de Brasil e rei, um nome vem à nossa mente. Lembrou? É! Esse mesmo! O “rei” Pelé.

Concordo com você que ele não tem muito a nos ensinar sobre uma reforma nacional, ou um governo que marcou nosso país politica e economicamente. Mas, para seu governo, ele não apenas governou nos campos de futebol, como também reinou como nenhum outro. Como rei, dominou. Como rei, fez atletas se curvarem. Como rei, levantou torcidas. Como rei, silenciou multidões. Como rei, conquistou corações. Como rei, fez da bola sua coroa. Sua glória foi como a de nenhum outro jogador de futebol. Foi um herói. Esse é o nosso rei Pelé! Mas, além dele, nenhum outro rei temos em nosso belo país...

No entanto, existe outro rei. Um rei que não apenas dominou, mas que domina. Um rei que não apenas silenciou multidões, mas que silenciou os céus e a terra. Um rei que reinou, reina e reinará. Sua majestade e riqueza são incomparáveis. Sua glória e poder, indescritíveis. Suas conquistas, inatingíveis. Foi o rei que se tornou herói. O verdadeiro Herói. O Rei. E você sabe quem ele é: Jesus!

Mas surge um impasse. Pois, é verdade... Ele se ausentou por uns tempos. E o que faremos enquanto Ele, o Rei, não vem?

Antes de se ausentar, porém, três das suas últimas palavras foram “sereis minhas testemunhas” (Atos 1.8). Não foi um imperativo. Foi uma constatação. Aquele que o tem como Rei, é sua testemunha. O significado de testemunha envolve o atestar e confirmar quem Ele é. Em outras palavras, envolve uma declaração – através de nossa mente e coração, de conhecimento e experiência – que Jesus é o Rei dos reis. Envolve falar e viver de modo a revelar Seu reinado em nós. Todavia, é esse o nosso testemunho?

O problema é que o Rei foi deixado de lado. O Rei dos reis tornou-se um rei de sobras. Sobra de nosso tempo. Sobra de nossas habilidades. Sobra do que temos. Sobra do que fazemos. Sobra do que somos. O que sobra disso?

O Rei dos reis tem se tornado um passatempo. Afinal, muitos o vêem como “um rei carente que precisa de nossa atenção”. Ou talvez possa ser um mero assessor para casos emergenciais. A voz do Rei chega aos nossos ouvidos como mera sugestão. A missão do Rei nos alcança como mera opção. Assim como Israel, na época dos juízes, assemelhamo-nos àquele povo: “não havia rei em Israel e cada um fazia o que achava mais reto” (Juízes 17.6 e 21.25). E, assim, tornamo-nos um povo sem rei. E acabamos por colocar a coroa sobre nossa cabeça.

Enquanto houver muito de nós e pouco de Deus, nada teremos. Não seremos suas testemunhas. Nossa vida não confirmará e nem mostrará o Rei que Ele é. Enquanto houver temor aos homens no lugar do temor de Deus, proveito algum haverá. Enquanto houver frieza, o amor do Rei não se revelará. Enquanto houver indiferença, não faremos diferença.

Nossa agenda revela nosso rei. Nossas escolhas revelam nosso rei. Nossos compromissos e prioridades revelam nosso rei. E quem é esse rei?

Enquanto contarmos com o poder que existe em nós, alcançaremos tudo aquilo que está dentro de nossas limitações. Quando contarmos com o poder de Deus, alcançaremos tudo aquilo que está dentro da infinitude celestial. E as vitórias serão para o Rei.

E, então... Enquanto o Rei não vem, quem será seu rei?

Neste Natal, olhe para o Rei Jesus. O Rei que veio em toda glória no mais simples lugar. O maior de todos os reis que nasceu não em berço de ouro, mas em berço improvisado. Que este Natal não seja um mero momento de festas e descanso com a família para você, mas a celebração da maior festa que concede a você uma nova família que o inclui, o aceita e o ama. A família do Rei Jesus.

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